Ex-atleta de basquete, Renata Silveira já disputou o Inter e viveu nova experiência como mestre de cerimônias do Desfile de Abertura
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A narradora Renata Silveira, do Grupo Globo, está acostumada a quebrar paradigmas e dar voz a grandes eventos. Primeira mulher sob comando de uma partida de Copa do Mundo na televisão aberta, a carioca esbanjou simpatia como mestre de cerimônia do Desfile de Abertura do Intercolegial 41 anos e foi ovacionada pelos estudantes e atletas. O evento foi realizado na Arena Carioca 1, localizada no Parque Olímpico da Barra, zona oeste do Rio de Janeiro.

Um dos motivos de ter se sentido em casa é o fato de Renata ter participado e disputado o Inter há 20 anos. Ex-aluna do Instituto Pio XI, de Ramos, a pós-graduada em jornalismo esportivo reencontrou a professora de educação física do colégio, Carla, e não escondeu a emoção em fazer parte de um momento tão importante do esporte escolar.

–  Foi demais. Quando eu recebi o convite de apresentar, eu pensei: “Apresentar? Gente, eu já joguei o Intercolegial”, Como a vida dá voltas, né? Estou muito feliz, amo o esporte, sempre pratiquei desde criança. O esporte me transformou e esteve presente em todo o meu desenvolvimento – disse a ex-jogadora de basquete, que completou:

– Se eu sou quem sou hoje, se eu faço as coisas que faço, se eu sei lidar ou como eu lido com os meus medos e desafios, com certeza o esporte foi e é muito importante para eu encarar a vida.

Renata Silveira é uma das vozes e personagens mais importantes da representatividade dentro do esporte atualmente. Narradora da Globo e dos canais fechados Sportv e Première, a profissional se tornou um grande foco durante e após a Copa do Mundo do Catar. No Mundial de seleções, Renata se tornou a primeira mulher a comandar um jogo desta magnitude na TV Aberta e alcançou um novo público.

A funcionária do Grupo Globo reconhece a importância que tem, principalmente no mundo do futebol, e afirmou que recebeu muitas mensagens positivas durante a Copa, principalmente de mulheres.

–  As mensagens vindas de outras mulheres tinham um lugar especial dentro de mim. Porque estamos conseguindo fazer com que as mulheres se enxerguem dentro do esporte, em especial no futebol, que é um local totalmente masculino e machista. Sabemos que muitas deixam de ir para o estádio porque não se veem ali.

–  A partir do momento que você liga a televisão e tem uma voz feminina, seja narrando ou comentando, você se identifica do outro lado. E não só para quem vai querer trabalhar com isso, mas para quem quer falar sobre futebol dentro de casa, quem quer ir ao estádio, se sentir parte de todo o meio – encerrou Renata Silveira.

O 41° Intercolegial é uma realização do jornal O Globo, com apresentação do Sesc RJ, patrocínio da Enel, apoio do Ministério do Esporte e produção da Abadai.




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