Juntos desde o primeiro Intercolegial, Mineiro e Agostinho celebram parceria no comando do ADN Master no basquete 3x3
Uma parceria que começou no primeiro Intercolegial e até hoje está firme e forte. Em 1983, Luiz Eduardo Noronha, o Mineiro, ainda estagiário, teve Agostinho Ferreira como atleta do basquete, pelo Colégio Estadual Visconde de Cairu, do Méier, e continuam juntos até hoje. A dupla inseparável esteve à frente do ADN Master, do mesmo bairro, no basquete 3x3, realizado sábado passado (16/10), na Vila Olímpica da Mangueira.
A escola ficou com o vice-campeonato da categoria livre feminina, o bronze na livre masculina e ganhou a disputa individual de arremessos, com Cauane Miranda. Além dos bons resultados, os professores comemoraram a publicação de uma matéria sobre os dois no jornal O GLOBO, que completou dois anos no dia 14 de outubro. Detalhe: foram com as mesmas camisas do dia da reportagem.
Ligado ao vôlei, Mineiro atua em várias outras modalidades, sempre com objetivo de colocar crianças, adolescentes e jovens para praticar esportes nas escolas como uma ferramenta imprescindível na educação. Ao falar de sua parceria com Agostinho, ele revelou uma informação de peso para a competição entre estudantes mais tradicional do Brasil:
— Sou o único técnico que está desde o primeiro Intercolegial. Já fiz e faço parte de projetos com basquete, com vôlei diretamente e auxilio em outros esportes, como handebol, e até como árbitro já trabalhei. Eu e Agostinho vamos atuando juntos nesta parceria sempre, pelo ADN Master e por outras escolas também.
Mais atuante como técnico do ADN Master, Agostinho não esconde a admiração por seu companheiro. Ele fez questão de registrar os dois anos da reportagem do GLOBO e teve a ideia de fazer uma foto com as mesmas camisas, praticamente dois anos depois.
— Para mim é muito importante trabalhar com o Mineiro que dirigiu a equipe de basquete do Visconde de Cairu e hoje estamos trabalhando no ADN Master. Uma parceria de muito tempo. Falei para ele que ia trazer a mesma camisa da reportagem para a gente tirar a mesma foto e guardar de recordação. Temos muitas histórias boas de Intercolegial, muito trabalho com muitos adolescentes que passaram por nossas mãos — conta Agostinho.
Sob seu comando, o ADN Master acabou surpreendido e perdeu longa sequência de títulos na categoria livre feminino ao ser derrotado na final por um ponto de diferença (6 x 5) pelo Camões Pinochio, de Jacarepaguá, que faturou o título, com uma cesta nos 10 segundos finais. As atletas envolvidas na decisão são companheiras no time da Mangueira e adversárias no Intercolegial. Nada que tire a calma de Agostinho.
— É competição, né? Ambas equipes são treinadas por Guilherme Vos, que não pôde comparecer. Somos auxiliares dele. Ficamos nesta incumbência de dirigir o ADN Master e o Camões Pinochio, que está com um técnico novo (Davi Corrêa) e também tem uma linhagem boa de atletas. Elas levam a rivalidade para quadra, mas são amigas. Isso é o que importa. Falei para elas no fim, que tem que ficar chateadas, mas depois botar sorriso nos olhos porque até para perder a gente precisa ter elegância.
FOTO: Ari GomesVoltar