Nas finais de handebol do Intercolegial 30 anos, o clássico da rede pública entre Ciep Jean Baptiste Debret e Escola Municipal Paraíba foi, disparado, o jogo com menos gols. Fruto do bom trabalho das goleiras, na vitória do Debret, por apenas 6 a 4, no ginásio da Universidade Castelo Branco, em Realengo.
A explicação para a boa atuação das goleiras está em uma ajudinha mais do que especial de Emanuel Gusmão, goleiro da seleção brasileira de handebol de praia. Há alguns meses, ele dá aula para as goleiras do Debret. E, além disso, uma semana antes da final do Intercolegial, ainda foi convidado para passar alguns fundamentos para a goleira do Paraíba, que até pouco tempo atrás era ponta esquerda.
– Eu já dou aula para o Debret há alguns meses. E dessa vez também ajudei a goleira do Praíba. O professor é meu amigo e pediu uma ajuda. Durante o jogo, vibrava com cada defesa. As duas jogaram muito bem – garante Emanuel.
A goleira do Paraíba, Ana Belle, de 11 anos, aluna do sexto ano do ensino fundamental, apesar do pouco tempo de trabalho, garantiu que os ensinamentos de Emanuel foram fundamentais na decisão. Ela diz que, a partir de agora, não vai mais ser jogadora de linha.
– Ele me ajudou bastante. É um goleiro muito bom e aprendi o que pude com ele – contou Ana.
Do outro lado, Jhennyfer Alves, goleira do Debret, aponta sua maior evolução no trabalho com Emanuel.
– Agora aprendi a pegar mais bolas embaixo. Me ajuda muito – disse Jhennyfer, de 12 anos, aluna do quinto ano do ensino fundamental.
Além de auxiliar os colégios, Emanuel tem um projeto de handebol que atende atletas de handebol da Zona Oeste e da Baixada.
– A intenção é também formar mais goleiros de qualidade. Material nós temos, é só ter incentivo e força de vontade – contou Emanuel, que pela seleção, já foi bi-mundial e campeão pan-americano.
Foto: Ari Gomes