A difusão do hóquei
Clique para ampliar
Pode-se dizer que o argentino Eduardo Righi é o pioneiro no desenvolvimento do hóquei sobre grama no Rio de Janeiro. E porque não no Brasil. Há 12 anos radicado no país, Eduardo foi treinador da Seleção Brasileira entre 2000 e 2003, conquistando um grande feito: o quinto lugar no Pan-Americano da modalidade, em 2002, nos Estados Unidos. O técnico é um dos responsáveis pela disputa da modalidade no Intercolegial. Em 2007, após os Jogos Pan-Americanos no Rio, Eduardo aproveitou as instalações da Vila Militar para criar projeto que divulgasse o hóquei. Hoje, o Deodoro Hóquei Clube atende cinco colégios e promove a inclusão social, esportiva e educacional de crianças de comunidades. – O projeto Deodoro Hóquei Clube começou em 2007, quando construímos os campos para o Pan do Rio, com suporte dos sargentos da Vila Militar. Hoje temos outros parceiros como alguns clubes de São Paulo. O Paulo Gissoni foi o primeiro colégio privado a investir em bolsas para atletas de hóquei. Além do Gissoni, Percepção, Lemos de Castro, Triângulo e Rosa da Fonseca também estão inseridos no projeto. Agora o Sistema Elite de Ensino também está interessado no esporte – explica Eduardo. Com o crescimento do projeto, as parcerias também precisam acompanhar o ritmo. Atualmente, clubes do Rio e de São Paulo recebem jogadores do Deodoro Hóquei Clube para atuar em suas equipes. O projeto foi adquirindo uma estrutura muito grande, a ponto de ser incluído no Intercolegial, algo que Eduardo destaca como divisor de águas. – É muito importante o trabalho no Intercolegial porque os colégios começaram a investir e o nível foi evoluindo. Por outro lado a parte social também. Começamos o trabalho em comunidades carentes como Fumacê e Batam, até chamar atenção do Intercolegial em 2011. Começamos na quadra, depois quadra e grama e agora o hóquei sobre grama, que é olímpico – conta o treinador. – Isso provocou muito fatores, possibilitando que garotos da rede pública fossem estudar em colégios privados. Então é uma equação que fecha muito bem A Alice é um exemplo do projeto. Começou na Escola Municipal Rosa da Fonseca, ganhou bolsa no Gissoni e é campeã brasileira sub-17. A explosão do Intercolegial fez com que clubes do Brasil investissem no esporte, criando times A e B – completa. Além disso, Eduardo acredita que a união do esporte com a educação ajuda a formar cidadãos. – O mais importante é abrir caminhos e portas para eles terem oportunidades na vida. O esporte é um aliado e se torna um fator de diversão e socialização, pois é difícil formar um atleta – afirma o argentino. FOTO: ARI GOMES


Voltar