A volta por cima de Beatriz no esporte
Clique para ampliar

Participante da estreia do badminton no Intercolegial, disputada na Vila Olímpica Félix Miéli Venerando, em Honório Gurgel, Beatriz Machado, do Sesi Jacarepaguá, pouco importava com o resultado. Poder estar no evento já era um motivo de muito orgulho para ela, que quase deixou a emoção aflorar enquanto falava sobre a competição. Isso porque, Beatriz ficou 10 anos sem poder praticar tipo de esporte algum, além de ter ficado com a vida limitada entre a casa e a escola, depois de ser diagnosticada com febre reumática, aos cinco anos. Hoje, aos 17, garante que estar em quadra é algo indescritível.


As lágrimas, que antes eram de tristeza, passaram a ser de euforia ao ouvir que estava liberada para poder fazer as atividades físicas, até então em um pensamento distante.


 Quando o médico disse que eu tinha essa doença, avisou que eu não poderia praticar esporte por conta do coração e das articulações (um dos sintomas da doença é sopro no coração, assim como dores nas articulações). Tive de tomar benzetacil de 21 dias em 21 dias por um longo tempo. Eu via meus amigos fazendo um monte de coisas e não podia acompanhar, chorava muito. Quando me disseram que eu estava liberada para fazer esporte, também chorei muito, mas foi de alegria. Eu nem acreditava. Há pouco tempo, nem imaginava pode estar em um evento como esse, participando, jogando com meus amigos – disse.


O apoio da família foi essencial neste período, garante Beatriz. A jovem não esconde que, por muitas vezes, pensou em largar tudo.


 Quando recebemos a notícia, minha mãe disse que ia procurar o melhor cardiologista do Rio de Janeiro, não importava o quanto isso custaria. Ela se esforçou para isso. Por diversas vezes eu fiquei muito triste, pensei até em deixar o tratamento de lado, mas meus pais nunca deixaram que isso acontecesse e sempre deram um jeito de me animar e me fazer correr atrás  afirma. 


Repórter-mirim do projeto Oi Galera, do Intercolegial, ela, porém, não pensa em seguir carreira no jornalismo.


 Eu gosto muito de história, mas meu sonho é ser perita criminal. Então, vou ter de estudar bastante biologia também para poder realizar esse objetivo. Quem sabe, depois, não faço história?






Voltar