Artilheira do GEO Nelson Prudêncio fica sem tênis, e técnico empresta o seu para evitar desfalque na equipe de handebol
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O Intercolegial é raça e muita dedicação. As escolas passam o ano inteiro treinando e se dedicando para disputar a competição. E não há obstáculo que impeça as crianças de entrarem em quadra. Kaillane Vitória, atleta de handebol do GEO Nelson Prudêncio, é prova disto. Pouco antes de estrear nos Jogos, a camisa 12 viu seu tênis rasgar e ficar sem calçado para o jogo.

Mas o problema virou solução rapidamente. Kaillane foi até o técnico Marcelo Pires que, sem titubear, tirou o próprio tênis e o emprestou. Em quadra, a jogadora correspondeu e anotou três gols, os únicos do time na partida. O professor Marcelo contou como tudo aconteceu e elogiou a garra de todo o time.

— Ela começou a aquecer e logo veio “Marcelo, meu deus, meu tênis”. Eu falei para ela: “vai com o meu, é um pouquinho maior, mas vamos para o jogo. Não tem o que fazer”. Tem que ir até o final sempre. Eu procuro passar isso para elas. Mesmo com o placar não favorecendo, temos que ir até o final correndo atrás e representando a escola — disse o técnico Marcelo Pires.

Pela primeira vez na disputa do handebol feminino, a escola da Ilha do Governador não conseguiu vencer o forte time da Santa Mônica Rede de Ensino, quinto colocado na categoria sub-14 livre feminina na edição do ano passado. Porém, a equipe saiu de cabeça erguida e muito focada para retornar ao Intercolegial no próximo ano. A autora dos gols não escondeu a felicidade em balançar as redes e revelou seu desejo de disputar a competição novamente.

— Estou feliz. Fiz os únicos três gols do time. Gostei de participar do Intercolegial pela primeira vez e ano que vem voltarei — confirmou Kaillane Vitória, que tem 13 anos de idade.

Na foto abaixo, Marcelo Pires orienta a equipe do GEO Nelson Prudêncio.

FOTOS: Ari Gomes




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