Atleta do América no futebol de campo e bronze no futsal do Inter, Raphaelly sonha em ser jogadora profissional
Clique para ampliar

O bronze do Elite Rede de Ensino no futsal sub-18 não federado feminino do Intercolegial 40 anos veio com derrota. A tristeza pelo resultado negativo, no entanto, não durou muito. Depois da partida, já com a medalha no peito, as meninas da escola inscrita pela unidade da Tijuca procuravam retomar a normalidade. A camisa 4 Raphaelly Fonseca era a responsável pelos registros fotográficos para eternizar a conquista.

Com um ótimo porte físico, a jovem de 18 anos está acostumada a atuar nos gramados. Desde cedo, ela se deparou com as dificuldades de realizar o sonho de ser jogadora profissional, mas nada que a fizesse pensar em parar.

— Eu jogo campo pelo América, em Edson Passos. Comecei a jogar com 12 anos. Morava na Vila Kennedy (bairro da Zona Oeste do Rio) e treinava em Itaguaí. Minha mãe me tirou porque era muito longe de casa e eu era muito nova, mas desde criancinha sempre quis jogar futebol. Já fiz peneira no Botafogo e passei. Fiquei um tempo e fui dispensada. Depois rodei nos clubes e estou querendo crescer mais e mais no futebol — conta Raphaelly, reconhecendo que a bola já mudou bastante a sua vida:

— O esporte tem sido muito importante para os meus estudos. Através do Fabio William (professor do Elite), que era técnico do Botafogo, eu consegui bolsa no Elite. Foi a melhor oportunidade que tive.

A equipe do Elite estava reunida na arquibancada do ginásio do Colégio Odete São Paio, em São Gonçalo, após a derrota por 3 a 1 para as donas da casa. Celular na mão, Raphaelly registrava as amigas com a medalha no peito. Ao mesmo tempo em que tinha o sentimento do dever cumprido, ela carregava a certeza de que o resultado poderia ter sido diferente.

— Dava para ter mais pegada porque treinamos a semana toda. Tivemos jogo semana passada (derrota por 2 a 1 para o Colégio Estadual José Veríssimo) e acho que dava para ganhar, apesar de o time do Odete ser bom. Nos esforçamos bastante e merecíamos um resultado melhor. Agora eu estava de fotógrafa, mas na quadra é diferente. Fora do jogo são as brincadeiras de sempre — encerra.




Voltar