Atleta do Censa, Eduarda teve de vencer seus próprios medos
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Uma mudança de colégio e o que se encaminhava para ser algo muito bom, quase se tornou um pesadelo para Eduarda Maia, do CENSA, de Campos. Superado o trauma, ela é uma das principais jogadoras da escola, que acabou derrotada por 2 sets a 1 (25 x 19/15 x 25/15 x 11) na final da categoria sub-18 não federado para o tradicional Garriga de Menezes, de Jacarepaguá.

No fim de 2013, a jovem, hoje com 16 anos, conseguiu uma bolsa integral no colégio, onde também jogaria vôlei, para o ano letivo seguinte. Porém, nem tudo saiu como ela imaginava e praticar esporte passou a ser algo bem distante da realidade pela qual ela passava.

- O CENSA é um colégio mais forte academicamente em relação ao que eu estudava anteriormente. Eu estava acostumada a tirar boas notas, mas isso começou a não acontecer no CENSA. Coloquei na minha cabeça de que eu era incapaz, que não conseguiria fazer as coisas, e isso desencadeou inúmeros problemas. Passei a ter dores no estômago, fraqueza nas pernas e até tive síndrome do pânico. Não conseguia mais andar direito, ir à aula e acabei ficando presa a uma cama por algum tempo – lembra.

Sem vergonha da batalha pela qual teve de passar, Eduarda recorda que começou a ter problemas na fala, pois babava muito, e precisou da ajuda de inúmeros profissionais da saúde. Uma fisioterapeuta chegou a falar que, pelo tempo que ela estava na cama, as pernas já começavam a atrofiar. Porém, ela encontrou forças para fazer aquilo que mais queria:

- O esporte ajudou muito na minha recuperação. Eu assistia a alguns jogos de vôlei e sentia uma vontade enorme de voltar a praticar. Isso me deu força para recuperar. Tive também o total apoio da minha família, dos meus amigos e da escola. Eles em momento algum ameaçaram cortar a bolsa ou algo assim, pelo contrário. Tenho de agradecer a eles e ao meu professor (Rodrigo Rios).

Técnico da equipe de vôlei do CENSA, Rodrigo afirma que Eduarda é um exemplo de superação.

- Por tudo que ela passou e hoje estar aqui conosco, claro que serve como exemplo para todos nós. Ela não desistiu em momento algum e lutou muito – garante.





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