Atletas paralímpicos do Pedro II ganham medalhas e dão exemplo no judô
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A vida nos mostra que, com força de vontade e dedicação, alcançamos qualquer objetivo. Dois atletas refletem bem essa ideia: com problemas de visão, os judocas paralímpicos Gabriel Nascimento Silva e João Marcos de Souza competem pela classe B-3 e lutando de igual para igual conquistaram medalhas de ouro e prata, respectivamente, para o Colégio Pedro II na categoria livre federada do Intercolegial 2016.

As vitórias foram bastante comemoradas por Gabriel. Mas, ao mesmo tempo, ele mostrou a disciplina comum dos judocas e comentou os resultados com serenidade. O jovem de 17 anos conta um pouco de sua estratégia nos confrontos, que o levou ao título do Intercolegial.

– Sou atleta paralímpico, disputo pela classe B-3 e consigo enxergar vultos, o que me difere um pouco dos atletas que conseguem ver 100%. Mas consigo lutar bem, consigo impor meu jogo para sair com as vitórias – analisa Gabriel, que, assim como João Marcos, é portador de albinismo e garante que este detalhe nunca foi motivo de preconceito no esporte:

– Os atletas sempre me respeitaram nas competições e eu nunca senti preconceito pelo fato de ser portador de albinismo. Os treinadores nos motivam bastante nos mostrando que podemos atuar de igual para igual com qualquer outro atleta.

Para João Marcos, ter uma referência no local de treinamento é fundamental para seguir em frente no esporte. O judoca, de 17 anos, acredita que o albinismo não interfere em nada na sua vida.

– A gente treina com o Willians Araújo, prata nas Paralimpíadas, o que pra mim é motivo de inspiração. Ter a oportunidade de estar num esporte como o judô e realizar os treinamentos com uma referência é muito especial pra mim, espero ter a oportunidade de estar na próxima Paralimpíada. Ser albino não muda em nada, lógico que a gente atrai olhares mas, dentro do tatame, somos todos iguais – finalizou João.

Foto: Ari Gomes





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