Avô, pai e neto: família Mamede retorna ao Intercolegial com o skate, quinto esporte disputado por diferentes gerações
O ano era 1983 e o Intercolegial chegava com tudo para estimular a prática de esporte nas escolas. Entre os 20 mil atletas inscritos, Joaquim Mamede participou do arremesso de peso (atletismo). Quatro décadas depois, foi a vez do neto, Pedro, disputar os Jogos, mas em uma nova modalidade: o skate. Filho de Joaquim e pai de Pedro, Dinho também estrelou no Inter ao competir no handebol, futsal e judô, nos tempos de estudante.
Aos sete anos, Pedro Mamede, da escola Modelar Cambaúba, entrou na pista para a disputa da categoria sub-8 do skate, disputada pela primeira vez no 41º Intercolegial, realizado no último mês, antes da pausa para as férias de julho, na Vila Olímpica Encantado. Apesar de ser a primeira vez na competição, o skatista não se intimidou e deu show, encerrando a prova na quarta colocação. Fora das pistas, Pedro segue a tradição da família e também compete no judô.
Ex-presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Joaquim Mamede contou como se sentiu ao ver o neto participando do Inter depois de 40 anos da primeira edição e relembrar os tempos em que disputou como atleta.
– É uma realização para mim vê-lo disputar o Intercolegial, mas é estressante. Já era um estresse com o filho e agora é com o neto, que é bem pior. E vai continuar, porque é uma família de atletas. O Pedro está indo bem tanto no skate quanto no judô – afirma Joaquim.
Pai e técnico, Dinho foi o grande influenciador de Pedro no skate, paixão descoberta ainda na infância. O cinegrafista comentou sobre tentar equilibrar os sentimentos na dupla função.
– Como eu sou o cara que treina ele, acaba que eu tenho que ficar dosando, medindo como eu vou agir para não ser muito pai nem muito treinador e conseguir o meio termo. Mas o coração fica apertadíssimo – conta Dinho.
FOTOS: Ari Gomes
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