Badminton é programa de família de Hanna e Ana
Uma família pode ter inúmeros programas num domingo. No Brasil, no entanto, dificilmente terá a prática do badminton envolvida. Não é o caso de Hannah e Ana Christina Quintella, filha e mãe, respectivamente. Enquanto a jovem de 15 anos, defendeu as cores do Sistema Elite de Ensino, da Tijuca, a mãe dava as orientações aos alunos do GEO Juan Samaranch, de Santa Teresa, na estreia da modalidade no Intercolegial.
É verdade que o coração estava dividido na Vila Olímpica Félix Miéli Venerando, em Honório Gurgel, local da competição. Mesmo assim, Ana não pensa duas vezes em afirmar para quem foi a torcida:
- O coração de mãe prevalece (risos). Eu sou mãe dela e estou professora de uma instituição. A gente busca realizar o melhor trabalho possível, mas mãe é mãe, não é? É diferente.
O esporte, inclusive, sempre esteve presente na família e é assunto constante também dentro de casa.
- Estamos sempre falando sobre isso, seja alguma novidade que tenha surgido, desempenho no Intercolegial, essas coisas. O esporte, lá em casa, é algo muito vivo – afirma Hannah, que já até mesmo “roubou” o lugar da mãe em uma aula.
- Quando ela era pequena, eu dava aula de natação e ela era uma das minhas alunas. Certa vez, passei um exercício e fui pegar um material para o próximo. Isso foi muito rápido, mas quando voltei, as crianças não estavam fazendo o que eu tinha pedido. Perguntei a eles o motivo de terem seguido minhas orientações e eles falaram: “ela mudou”. Perguntei: “mas ela quem?”, imaginando que pudesse ser algum outro professor. Aí vem a Hannah andando pela borda e eles apontaram para ela. Vê se pode? – lembra Ana Christina.
Apesar da aptidão para esporte – além de badminton, Hannah também faz taekwondo - , a jovem ainda não sabe qual profissão escolherá no futuro. Atualmente, o foco é seguir carreira militar, mas sem deixar a paixão de lado.
- Já pensei em ser muita coisa, mas, agora, quero seguir carreira militar. Tem o lado positivo que, na carreira militar, posso conciliar o esporte. Há os Jogos Militares, por exemplo.
Ana Christina, por sua vez, mostrou o verdadeiro valor do esporte. A filha não conseguiu avançar na competição de badminton, mas a mãe a recebeu com um abraço e sorriso e afirmou.
- Hoje não deu, mas é assim mesmo. Não pode baixar a cabeça. Estou muito orgulhosa dela, assim como sempre estive. É uma alegria vê-la competindo.
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