Bernardo, atleta do CEL, segue os passos de seu pai no futsal
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Durante a partida no futsal do Intercolegial, entre CEL e Colégio Estadual André Maurois, pela categoria sub-18 federado masculino, disputada no Clube de Regatas do Flamengo, na Gávea, os olhares da arquibancada poderiam passar despercebidos para os jovens que sentiam a adrenalina de dentro da quadra. Porém, para um deles, havia um peso maior. Afinal, praticamente defendia uma herança familiar a cada toque na bola, tentativa de jogada ou simples desarme.

Bernardo Zanelli, camisa 6 do CEL, é filho de Vitor Zanelli, ex-jogador de futsal do Flamengo, que foi acompanhar o filho de perto. O menino garante que o sobrenome não é um problema e até conversa com o pai sobre os jogos que participa.

– Já estou acostumado, ele me acompanha desde sempre. E já é rotina conversarmos sobre os jogos. A gente já vai embora falando sobre o que aconteceu, o que houve de errado e de certo. Eu gosto, me ajuda bastante. Sempre ouço com muita atenção o que ele tem para falar. E ele não poupa, não (risos) – brinca Bernardo.

Ex-diretor de futsal do Rubro-Negro, Vitor Zanelli faz também um alerta sobre a relação pais e filhos em casos em que o esporte, principalmente o futebol, está envolvido.

– A gente tenta sempre acompanhar e incentivar. Acho isso muito importante. O complexo é passar as coisas boas e ruins que eu vivi no esporte, aconselhar, mostrar alguns pontos que o esporte, em um todo, tem.  E sempre tem de ser verdadeiro. Se foi bem, falar que foi bem e se foi mal, falar que foi mal. Não se pode iludir um jovem. Muitas famílias, em uma esperança de ver o filho prosperar no esporte, principalmente no futebol, acabam criando ilusões que podem ter um preço. Fui diretor aqui no Flamengo e vi muito isso. Tem de ser sempre leal – afirma Vitor, que completa:

– A gente fica mais nervoso vendo o filho jogar que na época de jogador. Acho que suamos mais que ele, que está em quadra (risos).

Com 16 anos, Bernardo não teve a oportunidade de acompanhar a carreira do pai nas quadras, mas ressalta que ele é a maior inspiração:

– Eu estou sempre assistindo aos vídeos dos jogos dele para ver algumas coisas, estudar o que ele fazia. Além das nossas conversas, claro.

– É aquele negócio, filmou? Fotografou? Eu tenho isso lá para mostrar para eles. Não é brincadeira, não – afirma Vitor.

Dentro das quatro linhas, o CEL foi derrotado por 4 a 3 na disputa de pênaltis, após empate sem gols. Nada que os conselhos de Vitor para Bernardo não possam resolver.





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