Camisa 00 do Garriga de Menezes, Maria Eduarda lidera a equipe vice-campeã do vôlei com vibração e talento
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A decisão do vôlei feminino sub-16 não federado do Inter 2021 reuniu rivais de longa data. No confronto com a Escola Nova, da Gávea, o Garriga de Menezes, de Jacarepaguá, acabou levando a pior, mas entrou em quadra com uma determinação impressionante e por pouco não conseguiu a vitória. A vibração das meninas vice-campeãs foi uma características que saltou aos olhos na disputa da modalidade. Especialmente da líbero Maria Eduarda Lazzarotto.

A camisa 00 do Garriga comemorava cada ponto como se fosse um título. Sua atuação, no entanto, não se restringiu a dar força a sua equipe. Ela chamou a responsabilidade em todos os lances da final e teve participação decisiva na virada do primeiro set.

— O que mais tem prejudicado a gente é o aspecto psicológico, de deixar cair a emoção. Sabíamos que este fator seria importante para ganhar o jogo. Tentei dar uma força para elas, não sou a capitã, mas tentei mesmo assim. O objetivo é que a gente dê sempre o melhor. A Escola Nova tem um time muito bom, já temos um histórico com elas de disputar finais — conta Maria Eduarda, de 16 anos, que analisou os principais fatores que fizeram diferença na derrota por 2 sets a 1 na decisão:

— Elas sacam muito bem, então nossa maior dificuldade foi na recepção. Eu como líbero ficava mais nervosa, porque tentei puxar o time para dar o nosso melhor na recepção. Acho que a gente conseguiu, mas perdemos por detalhes. No primeiro set, o time delas errou muitos saques e isso nos deu mais confiança. No segundo, a gente acabou parando de forçar tanto, como fizemos no primeiro, quando nosso saque foi mais pesado. 

Durante a premiação, Maria Eduarda não conseguiu segurar as lágrimas. Apesar da tristeza pela derrota, percebia-se que o sentimento era de orgulho com a medalha de prata, comportamento totalmente de acordo com o projeto do Garriga, calcado no esporte como ferramenta para a educação e o futuro dos alunos. A jovem olhava para o troféu com carinho e achou graça da pergunta sobre a escolha da posição de líbero, que não tem o mesmo destaque das atacantes e até mesmo da levantadora:

— Não fui eu que escolhi, né? (Risos) Gosto desta responsabilidade da linha de recepção depender um pouco mais de mim e sinto que consigo passar essa confiança para elas, para que a levantadora possa fazer a escolha dela, ter opção de mexer o ataque livremente. Acho que a minha posição me permite fazer isso.

O 39° Intercolegial é uma realização do jornal O GLOBO em parceria com o Sesc RJ e produção da Abadai.

Na foto abaixo, a equipe do Garriga de Menezes posa com o troféu e as medalhas de prata no ginásio do Camões Pinochio, em Jacarepaguá, palco do vôlei do Inter 2021.

FOTOS: Ari Gomes




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