Camisa 10 do Camões-Pinochio, Vitoria Carolina, campeã do handebol, teve a vida transformada pelo esporte
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Camisa 10 do Camões-Pinochio, Vitória Carolina Pereira não marcou gols na final, mas sua atuação na vitória por 17 a 6 sobre a forte equipe do Santa Mônica Centro Educacional, de Bento Ribeiro, foi muito além disso. A liderança nata deu força ao conjunto, principal característica do time, e também aguçou a individualidade das principais jogadoras da escola, campeã pela primeira vez no handebol do Intercolegial 40 anos.

A festa pelo título inédito da escola de Jacarepaguá tomou a quadra da Vila Olímpica Mané Garrincha, no Caju. Ainda sob o torpor da conquista, a pivô do time tentou descrever o mar de sentimentos que povoava a sua cabeça.

— É uma emoção muito grande ser campeã do Inter. É gratificante ganhar, depois de sete anos de muita história. Este é o meu último ano de escola, junto com a Jéssica. É muito bom porque no início do handebol a gente tinha nossas dificuldades, como qualquer atleta tem no início, e por muitos momentos pensamos em desistir, mas tínhamos a nossa comissão técnica, a nossa família — comemora Vitória, para em seguida resumir seu pensamento:

— Sou muito grata a Deus, primeiramente, aos meus técnicos, meu time, minha família. Graças a tudo isso chegamos ao título e a palavra que define é gratidão.

A história de vida de Vitória está intimamente ligada à filosofia do Intercolegial. Graças ao esporte, ela teve acesso a um ensino de qualidade e a uma experiência que transformou sua vida. A jovem atleta tem plena consciência da importância do handebol não só para ela, como também para as pessoas que a cercam.

— Além da bolsa de estudo, o esporte me proporcionou uma socialização melhor. Ajuda muito na vida de um atleta. O esporte faz muito bem não só para o físico, mas também para o mental. Às vezes, a gente passa por dificuldades, mas vai para o treino, com o time, e esquece os problemas, alivia. O esporte me proporcionou não somete paz, como uma qualidade de vida melhor, tanto para os estudos como para o físico. O handebol mudou a minha vida, não só a minha, mas a da minha família e a do meu time também.

Como é comum nessa fase da vida, as dúvidas sobre o futuro fazem parte do cotidiano de Vitória, que só tem uma certeza: não vai largar o esporte seja qual for a carreira que escolher:

— Medicina ou direito, mas pretendo sempre continuar no handebol, que vou levar para minha vida. Como meus técnicos, o Ruy, o Beto e o Sidnei e a preparadora Iasmim sempre dizem: você nunca deixa de jogar, até mesmo quando para de jogar, continua a jogar as peladas.

Além de Jéssica Silva, que marcou três gols e, assim como Vitória, cursa o terceiro ano do ensino médio e está em seu último ano no Camões-Pinochio, outras meninas se destacaram na campanha e na grande final. Se o assunto for gols marcados, Anita de Paula foi a protagonista, com 11. Julia Bezerra e Kaylane do Nascimento balançaram as redes por três vezes, cada uma.

FOTOS: Ari Gomes




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