Com dois títulos, Jardim Maravilha desponta como nova força no handebol
No início do século XXI, duas escolas lutavam pela hegemonia do handebol do Intercolegial na Zona Oeste: CAp Paulo Gissoni, de Realengo, e Colégio Realengo. Agora, parece que o reinado mudou de instituição. Bicampeã da sub 12 não federada masculina e vencedora na sub 14 livre feminina, a Escola Jardim Maravilha desponta como uma grande força do esporte na região e na competição entre estudantes mais tradicional do Brasil.
O trabalho começou em 2013, quando Marcos Suzano, dono do colégio, convidou o técnico Felipe Veríssimo para conhecer o espaço e os projetos futuros, já que a quadra estava em reforma. A evolução é evidente e a escola conseguiu dobrar os títulos em relação ao ano passado. O professor explica a "mágica" do trabalho.
– No início de 2014 retornei à escola já com a quadra feita e com a proposta de apresentar o handebol para as crianças. Depois fazer com que tomassem gosto, dividi as turmas, com um grupo treinando segunda e outro quarta. Com isto, vimos que o projeto tinha tudo para se tornar realidade – lembra Felipe, destacando também o empenho, a dedicação e o carinho de todos os moradores da região no projeto e no colégio.
No ano de 2015 o professor Sérgio Mesquita se juntou ao projeto, pois não era mais possível para Felipe fazer o trabalho sozinho pela quantidade de atletas interessados na modalidade.
– Com a chegada do Sérgio pude voltar minha atenção mais para o feminino. Mas na prática acabou se tornando uma coisa só, seja nos treinos ou jogos, pois temos uma visão bem parecida sobre o handebol – explica Felipe, ressaltando que todo o material de treino foi conseguido por meio dos donos Marcos e Simone Suzano.
Este ano as equipes foram formadas apenas por alunos da escola. Para 2017, entretanto, existe uma tendência de aplicar bolsas de estudo, visando um crescimento técnico e qualitativo das equipes para brigar por mais títulos.
– Esse ano fizemos apenas uma peneira interna. Já para os próximos anos devemos fazer seletivas, pois teremos uma estrutura para receber atletas de fora, principalmente porque vamos começar a dar bolsas no próximo ano, para podermos alcançar resultados mais expressivos, com destaque maior para alunos que vierem de escola pública – disse Felipe.
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