Com estreia de narradora para as meninas, skate amplia sua filosofia no Inter, em mais um ano de afirmação
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Desde a estreia do skate no Intercolegial, em 2017, Bruno Funil está a frente da organização da modalidade. O esporte faz parte da programação antes de entrar para as Olimpíadas, em mais um pioneirismo dos Jogos entre estudantes mais tradicionais do Brasil. Depois de sete anos, Funil revezou a narração das performances dos atletas com Bel Costa, que estreou na competição, disputada na Vila Olímpica do Encantado, na Zona Norte do Rio.

Sem esconder a empolgação por participar do Inter pela primeira vez, Bel narrou a participação feminina na modalidade. Definida por Funil como uma militante e batalhadora do skate, ela ressaltou a importância deste esporte ter se tornado olímpico. Ainda mais por se tratar de uma modalidade que sofreu preconceito por muito tempo, sendo considerada uma atividade praticada por desocupados. Segundo ela, essa inclusão não só eleva o status do skate, mas também abre portas para a formação de novos atletas e a revelação de talentos que, de outra forma, poderiam não ter visibilidade.

— Com a entrada do skate nas Olimpíadas, vimos uma grande ascensão do esporte. As escolas entenderam a responsabilidade e a importância de incentivar o esporte entre os mais jovens. Isso abre a possibilidade de formar novos atletas e revelar talentos que, de outra forma, poderiam não ter uma chance de brilhar — afirma Bel Costa, acrescentando que a modalidade promove a superação pessoal e a união entre diferentes grupos sociais.

— O esporte nos ajuda a superar barreiras e obstáculos, não é apenas sobre a performance. Existe todo um lado social, a vivência com outras pessoas, o aprendizado de valores como perseverança, trabalho em equipe e resiliência. O skate, em particular, une pessoas de diferentes origens e cria uma comunidade forte e solidária — completa.

Bruno Funil ressaltou ainda o esporte como mais do que uma simples prática física. Uma verdadeira cultura que permeia arte, música, vídeo e fotografia. Para ele, o skate transforma vidas, sendo um lema da comunidade "o skate salva".

— Acredito no skate como uma ferramenta de inclusão social e de formação de cidadãos conscientes. O skate vai além da prática esportiva; é um estilo de vida. A cultura que cerca o skate é muito presente e abrangente, incluindo arte, música, vídeo e fotografia. É uma verdadeira ferramenta de inclusão social e, muitas vezes, de salvação. No meio da comunidade do skate, temos um lema: o skate salva pra caramba! — finaliza Bruno Funil.

FOTO: Ari Gomes




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