Com técnica e habilidade, Anderson lidera a classificação do Triângulo às semifinais do futsal sub-18 não federado
Muitas vezes um jogador chama atenção sem marcar gols e se sobressai por comandar a equipe, acelerando o jogo com passes precisos e também pela habilidade e pelos dribles. O camisa 10 do Triângulo, Anderson Marques, mostrou estas qualidades nas duas rodadas do futsal do Intercolegial 40 anos e liderou mais uma vez a escola de Bento Ribeiro na difícil vitória por 5 a 4 sobre o Colégio Estadual Infante Dom Henrique, de Copacabana, nas quartas de final sub-18 não federadas, disputadas no ginásio da Escola Municipal Metodista, em Queimados.
As atuações levantaram burburinhos de que Anderson pudesse ter sido federado, mas o jovem de 17 anos garante que no futsal não. No campo, sim. Ele atua como centroavante pelo Campos e já defendeu a Cabofriense. Classificado para a semifinal, o jogador do Triângulo não esconde que gostou de ser notado.
— É muito bom que as pessoas vejam o seu potencial. Estou dando o máximo para que a minha escola possa sair campeã da competição. Ter o reconhecimento das pessoas é bom, me alegra. Ver a torcida falando o meu nome. Estou sendo reconhecido pelas pessoas na arquibancada — disse, já mostrando discurso de boleiro.
A zoeira com o camisa 7 Gabriel Iperogy, que marcou três gols e pediu música no perfil oficial do Intercolegial no Instagram, não poderia ficar de fora. Não existe futebol ou, neste caso, futsal, sem pilha. Anderson não marcou nenhuma vez nas duas vitórias do Triângulo na competição e, brincadeiras à parte, garante estar feliz em ajudar os amigos.
— Gosto de dar assistência, driblar, deixar os companheiros na cara do gol para que eles sejam artilheiros — afirma, deixando a responsabilidade para balançar as redes quando atua pelo Campos:
— Gol de vez em quando sai, né? Porque jogo de centroavante no campo e tenho de meter gol. Aqui prefiro que meus companheiros façam os gols.
O camisa 10 do Triângulo admite certa dificuldade para “virar a chave” do campo para a quadra. Mas leva numa boa, afinal de contas já se aventura nos dois terrenos há bastante tempo.
— As vezes é meio complicado jogar campo e futsal, mas quando você é acostumado desde pequeno acaba sabendo diferenciar no momento certo. Jogo futsal desde pequeno, já disputei muitos campeonatos pela escola e com o tempo fui me acostumando e agora estou adaptado para as duas modalidades.
Ao analisar a partida, Anderson não deixa as críticas de lado. Depois de um ótimo início, quando chegou a abrir 3 a 0 e 4 a 1, o Triângulo viu o Infante reagir e por pouco não deixa a vitória escapar.
— O jogo ficou pegado, acabamos deixando o adversário gostar do jogo e por um momento sofremos. O que importa é que saímos com a vitória. Soubemos sofrer e vamos lá para a semifinal com tudo — finaliza.
O 40° Intercolegial é uma realização do jornal O GLOBO em parceria com o Sesc RJ e produção da Abadai, com apoio da Secretaria Especial do Esporte.
Na foto abaixo, Anderson disputa um dos muitos duelos com Kauan.
FOTOS: Ari Gomes
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