O Intercolegial é a competição entre estudantes mais tradicional do Brasil e anda lado a lado com os clubes. Cada vez mais os colégios buscam e revelam talentos para serem aproveitados depois nas disputas federadas. A via é de mão dupla. Atletas de clubes também são aproveitados por colégios com bolsas de estudo, contribuindo para uma maior formação educacional e profissional dos atletas. Na disputa do basquete, essa relação é bem estreita.
– O caminho é inverso no Intercolegial. Nós formamos os jogadores na escola. Depois, eles vão para os clubes. Esse é um trabalho que investe no crescimento do basquete – declarou o professor do Pedro II, Ítalo Gonçalves.
O Intercolegial tem seis categorias, sendo quatro entre jogadores não federados e duas entre federados, divididas igualmente em masculino e feminino.
– O Intercolegial é uma competição que pode garimpar talentos. Existem as categorias não federadas e isso é bom para deixar o basquete cada vez mais forte – diz Leo Medeiros, ala campeão da categoria livre, pelo Colégio Santa Mônica, federado pelo Flamengo, que serve como exemplo para os alunos mais jovens do colégio.
No basquete feminino, a relação é ainda mais acentuada. Vários destaques das equipes finalistas começaram a jogar pelos colégios e depois foram chamadas para integrar equipes de clubes.
– No basquete feminino, quase sempre foi assim. O problema é que existem poucos clubes que investem no basquete feminino. Na história, o basquete escolar sempre teve a sua importância, não só pela bolsa de estudo, mas pela chance de jogar e evoluir – comentou Guilherme Vos, professor do ADN Master e coordenador do basquete feminino da Mangueira, acrescentando os casos das jogadoras Clarissa e Isabela, com passagens na seleção.
Foto: Ari Gomes