De pai para filha
Clique para ampliar
Sérgio Raja viveu uma situação diferente nas finais do vôlei no Intercolegial 30 anos. Ele é professor de vôlei do Garriga de Menezes e do Cruzeiro, instituições de Jacarepaguá, que fizeram o clássico do bairro pelo título da categoria jovem feminino. Para complicar ainda mais sua vida, Sérgio teve de enfrentar sua filha Ana Paula Raja. Isso porque a menina é aluna do Cruzeiro e, na decisão, seu pai comandou o Garriga de Menezes. – Trabalho como treinador no vôlei dos dois colégios. Na verdade na categoria jovem feminino, o Leonardo é o técnico mesmo, mas sou professor da escolinha de ambos os colégios. É uma situação diferente, mas posso dizer que saio vitorioso com qualquer resultado – disse Sérgio. Na final, Sérgio tentou focar apenas na partida. Mas, logo no primeiro set, sua filha acabou se machucando e foi à beira da quadra para ser atendida. Sério pediu tempo, mas sequer conseguiu orientar direito suas alunas. – Quando é um esporte de alto rendimento é diferente. Mas no Intercolegial o mais importante é o aprendizado, a complementação para a formação de cidadãos, na qual o esporte é fundamental. O lado lúdico também é importante, deve ser levando em conta. Realmente quando ela se machucou, fiquei ali, preocupado. Coisa de pai e de professor também. O Bernardinho já deve ter enfrentado seu filho, o Bruninho, por exemplo. Mas, como disse, são situações diferentes – revela Sérgio. Ana Paula em quadra, bem que tentou, mas o Cruzeiro foi derrotado pelo Garriga por 2 a 0. Depois da partida, ela garantiu que não havia motivos para sair de quadra triste. – Claro que eu queria vencer, mas fiquei feliz como um todo. Sempre torço pelo meu pai. E ele torce por mim. Se o Cruzeiro ganhasse ele também ficaria feliz comigo – disse Ana. Ao término da partida, coube ao paizão coruja entregar a medalha à filhona. – Acabou o jogo, volto a ser pai. Deixo de ser técnico ou professor – lembrou Sérgio. Foto: Ari Gomes


Voltar