Depois do título inédito no handebol feminino, em 2019, Cesc Camaradinha espera repetir a dose
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A Baixada Fluminense é berço de craques do handebol. E quem conhece o Intercolegial sabe que o caminho para revelar grandes talentos passa pelo esporte entre estudantes. O Cesc Camaradinha, de Nova Iguaçu, conseguiu entrar no seleto grupo de campeões da região, como o Colégio Estadual Antônio da Silva e o Ciep Jean Baptiste Debret, entre outros, e espera voltar com tudo em 2021.

O título inédito das meninas da categoria sub-14, há dois anos, motivou ainda mais a garotada do Cesc Camaradinha. A preparação estava à toda em 2020, quando a pandemia interrompeu tudo. O professor André Luís Penudo admite que a parada desmotivou um pouco no início, mas garante que a as meninas rapidamente viraram a chave e estão com o astral lá em cima.

— A gente estava numa pegada boa. Em 2019 já estava funcionando bem, conseguimos várias conquistas e em 2020 estávamos numa pegada de treinamentos para o Inter, quando estourou a pandemia. Infelizmente tivemos de parar e acabou desmotivando. Estamos treinando em 2021 e teremos as remanescentes do título de 2019, pois será a categoria sub-16. Então, estamos com uma equipe bem motivada para poder conquistar de novo este trofeu tão desejado e sonhado — afirma.

A trajetória da escola de Nova Iguaçu repete o sucesso de muitas rivais da cidade e de toda a Baixada. O clima — segundo André Luís — é de muita colaboração e troca de experiências. Ele ainda faz questão de frisar que o nível técnico elevado facilita a montagem de um time forte.

— Nova Iguaçu é uma das terras do handebol. Nessa geração a gente tem uma rivalidade bem sadia. Todo mundo se respeita, as pessoas se ajudam. Existe a rivalidade porque ela tem de existir, são escolas diferentes... Mas temos intercâmbio, jogamos competições fora do Rio, com atletas de escolas misturados representando a Baixada. A qualidade dos times da nossa cidade não dificulta em nada porque ficamos mais motivados na hora de armar os times. Ganhar das escolas do Rio de Janeiro todo é muito importante, mas ganhar os vizinhos também é por conta dos clássicos, dos dérbis.

Como já está sendo amplamente divulgado pelo jornal O GLOBO e o site do Intercolegial, a competição adotará protocolos sanitários rígidos, elaborados pelo Hospital Sírio Libanês. Nada que seja um problema para o Cesc Camaradinha.

— A direção, o diretor Michel Câmara e a Tia Marlúcia, além de todos os professores, sempre brigaram pela segurança das crianças. A gente só começou a desenvolver algumas atividades quando viu que era possível. Realizando os protocolos estabelecidos pela legislação municipal. A partir do momento em que nós pudemos treinar em segurança, o que já tem um tempinho legal, uns seis, sete meses, a gente começou a fazer uns intercâmbios, uns jogos, fazer uma preparação apurada, sempre respeitando todos os protocolos, usando máscara. Nos nossos treinos usamos álcool gel, fazemos uma higienização cuidadosa, todo mundo de máscara, alguns alunos as usava até nos treinos. Exigimos que todos os atletas estejam vacinados. Quase todo mundo já conseguiu se vacinar, ficou faltando só as de 12, 13 anos  — conta André Luís, de olho em repetir a receita de bons resultados e no ouro da categoria sub-16 livre feminina:

 — Nosso objetivo é continuar se destacando e a gente quer brilhar nesse Intercolegial.  Muitas meninas disputaram campeonato brasileiro, carioca, são sondadas por outras equipes mas a fidelidade e a dedicação delas ao nosso projeto é muito grande, o que faz que tenhamos um grupo qualificado para tentar buscar mais um título do Intercolegial.

O handebol abrirá as disputas do Intercolegial 2021. Serão 16 equipes da categoria sub-16, sendo oito femininas e oito masculinas, com todos os jogos da competição disputados em um dia. As partidas entre os meninos estão marcadas para sábado, dia 2 de outubro, enquanto as meninas entrarão em quadra no dia seguinte, domingo, dia 3.





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