Em duelo equilibrado, com torcida inflamada e muita dedicação em quadra, Triângulo vence o Newton Braga
Clique para ampliar

As categorias sub-18 reúnem os atletas mais experientes do Intercolegial. O embate do futsal não federado entre o Colégio Brigadeiro Newton Braga, que jogou em seu ginásio, na Ilha do Governador, e o Triângulo, de Bento Ribeiro, teve todos os ingredientes para um grande jogo: torcida inflamada, força física, técnica, habilidade e equipes bem treinadas.

Se o Triângulo, vencedor da parada, tinha mais técnica e força física, o Newton Braga contou com torcedores empolgados e um time aplicado taticamente, dedicado ao extremo. No frigir dos ovos, a equipe de Bento Ribeiro acabou levando a melhor com o placar de 2 a 1.

No fim da partida, os nervos ficaram à flor da pele e quase houve confusão dos jogadores vitoriosos com a torcida dos donos da casa. Nada que não pudesse ser contornado pelo estafe competente do Intercolegial, formado por delegado e arbitragem. Com sua equipe classificada para a decisão, o técnico Thiago Nunes elogiou bastante a disposição do oponente e os torcedores do Newton Braga.

— O time deles é aguerrido. A torcida deu uma inflamada. A minha preleção foi direcionada para que meus jogadores não entrassem na pilha da torcida. Porque eles estavam em muitos, um barulho do caramba. Eu peço o tempo, não dá para escutar, eu vou falar e não dá para eles (jogadores) escutarem. O importante é que o resultado saiu, o trabalho foi feito. Chegamos aqui com um pensamento, umas jogadas ensaiadas que não entraram — afirma Nunes, que em seguida analisou a partida:

— Eles foram aguerridos, mas nós fomos muito mais. Fomos na raça, na força. O nosso 10 (Anderson) conseguiu na força, levar. No primeiro tempo, eles marcaram meia quadra e o treinador falou "eles não querem jogar". Não era o meu papel, estava ganhando de 1 a 0 e eu podia tocar bola à vontade. Eles não subiam para marcar. A minha intenção era que eles subissem ao ataque para as minhas jogadas entrarem. Assim como foi feito no segundo tempo, eles subiram mais a marcação, porém dificultaram mais para o meu time, pois as nossas jogadas não entraram. Levamos um sufoco, mas graças a Deus o resultado saiu.

Nunes salientou que o Triângulo sempre foi muito forte entre os federados e teve de se adaptar à disputa de 2022, que não tem categoria de jogadores registrados na Federação de Futsal do Rio de Janeiro. Mesmo assim conseguiu reunir atletas talentosos, com participação fundamental do camisa 10 Anderson, que é federado no futebol de campo pelo Campos, equipe da cidade Norte-Fluminense.

— Para eu montar um time não federado foi um custo. Eu tive de começar a treinar esse time do zero, porque eles nunca treinaram juntos. Escolhi o Anderson como capitão justamente por conta disso, pelo domínio e pela força dele, pela vivência fora de quadra. É um líder. Ele e também o Caio (número 6), que para mim também é muito importante porque ele é um fixo e consegue distribuir essa bola — finaliza o professor, feliz pela experiência adquirida pelo time:

— Passar as jogadas e treiná-los foi um pouco suado. Quando eles chegam aqui e batem com uma torcida muito grande, muitos nunca passaram por isso... Com os federados seria diferente. Como não são federados, sentiram um pouquinho, mas deu para levar.

Nas fotos abaixo, disputa de bola acirrada entre os atletas e o time do Newton Braga.

FOTOS: Ari Gomes




Voltar