Ex-jogador profissional de futebol, Ruy Sanches (à direita) é referência no handebol entre estudantes
As meninas que disputam o handebol no Intercolegial e que sonham com voos mais altos, como a seleção brasileira, por exemplo, que se dediquem ao máximo. Isso porque Ruy Sanches, auxiliar-técnico da seleção, categoria júnior feminino, e “olheiro” da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), está atento para pinçar craques.
O professor, que também é técnico do Santa Mônica Centro Educacional (SMCE), inscrito pela unidade de Cascadura, esteve presente nas quartas de final do Inter 2018, disputada na Vila Olímpica Félix Venerando, em Honório Gurgel.
O objetivo, segundo Sanches, é escolher meninas para as peneiras da seleção cadete de 2019. A CBHb tem em vista duas importantes competições, o Pan-Americano e o Mundial, com definições de datas e sedes marcadas para dezembro.
— Temos muitas meninas excelentes jogando handebol. O Intercolegial, posso assegurar, sem sombra de dúvida, é a competição que mais revela jogadoras. Por isso tenho ido aos jogos, quero ver como está o nível das atletas — revela o professor.
Ruy Sanches diz que não é segredo para as atletas ele estar nas competições porque os técnicos das escolas o conhecem e, provavelmente, revelam a identidade do “espião”. Ele, porém, até acha bom.
— Conheço todo mundo, professores e alunos. Isso é bom porque elas vão se dedicar ainda mais — diz o auxiliar-técnico da seleção brasileira, que também é da coordenação técnica do SMCE.
Apesar de apaixonado pelo handebol, Sanches jamais foi atleta desta modalidade. Ele foi jogador de futebol, era zagueiro, e defendeu as divisões de base do Olaria (1974-1979) e se profissionalizou na Portuguesa (1979-1981). Ele conta ter enfrentado craques do calibre de Zico, Claudio Adão e Roberto Dinamite.
— Não era fácil enfrentar esses caras, eram todos feras. Mas a minha carreira não foi longe. À época eu também fazia faculdade de educação física e quando me formei fui chamado para dar aula numa escola particular. Na Portuguesa eu ganhava salário mínimo. Na escola eu iria ganhar cinco vezes mais. Não pensei duas vezes, abandonei o futebol — lembra Sanches, que torce para o Fluminense.
Mesmo tendo largado a carreira de jogador, Sanches não abandonou os velhos amigos do Olaria e da Portuguesa. Vez por outra se encontra com os antigos companheiros. Ele integra os times de master de ambos os clubes, para matar a saudade e bater uma bolinha com a rapaziada.
— O reencontro com eles é sempre bom, a gente conversa, põe o assunto em dia, lembra boas histórias. Foi uma época muito boa, tenho saudade — diz ele mostrando no celular fotos antigas, de quando era profissional, e recentes, do time master.
Nas fotos abaixo, o time de futebol master de Ruy Sanches e a equipe na época em que ele era jogador profissional (arquivo pessoal)
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