Inspiração que vai além das quatro linhas
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Professor é "aquele que ensina, ministra aulas". Porém, deixando de lado as amarras das definições do dicionário, pode-se considerar que o professor é um mentor, um espelho e até mesmo um norte para muitos de seus alunos. E Débora Reis é um exemplo disso.

Atleta do Colégio Santa Mônica (CSM), a jovem de 18 anos começou no vôlei em um projeto social na Gamboa. Oriunda da comunidade no Morro da Providência, ela não mede adjetivos positivos ao falar da técnica Priscila Cardoso, a quem atribui até mesmo a qualidade de mãe.

– Eu fazia parte de um projeto social quando fui chamada para a Vila Olímpica da Gamboa, onde conheci a Priscila e, através dela, consegui fazer uma prova para vir para o Colégio Santa Mônica. Ela é uma mãezona e me ensinou muita coisa. Acabei de prestar vestibular para Educação Física e quero seguir a mesma trilha dela, também me tornando professora e técnica de vôlei – garante a menina, lembrando que Priscila também participou do Intercolegial defendendo o vôlei do CSM, na época de aluna.

Os óculos escuros, talvez, tenham ajudado a treinadora a não expor seus sentimentos, mas as suas palavras mostraram todo o orgulho com sua pupila. Ao ser perguntada sobre Débora, Priscila logo avisa que o assunto a emociona. Os óculos escuros, talvez, tenham ajudado a não expor seus sentimentos, mas as palavras mostraram todo seu orgulho.

– Não sou mãe e acaba que todos eles se tornam meus filhos. Consegui trazer a Débora para a escola. Ela nasceu numa comunidade carente, batalha e aproveita suas boas oportunidades – conta.

A medalha não veio no Intercolegial 2016 – pois o CSM perdeu por 2 sets a 1 (18-15, 14-18 e 15-11) para o Triângulo, de Bento Ribeiro, e ficou na quarta colocação não federada feminina – mas, no coração de Priscila, nem é preciso disputar o lugar mais alto do pódio:

 – Ela é uma menina de ouro! 





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