Medalha de prata no handebol, pelo GEO Félix,  Baiano abraça o apelido dado pelo treinador Leonardo Balbi
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Finalista sub-14 masculino do handebol do Intercolegial 2023, o GEO Félix Venerando, do Caju, não ficou com o título, ganho pelo GEO Juan Samaranch, de Santa Teresa. A marca registrada da escola da rede pública, no entanto, não foi abalada nem um pouquinho. Prática adotada pelo professor Leonardo Balbi, os apelidos acompanham carinhosamente a trajetória dos meninos.

Ano a ano, a brincadeira segue e, cada vez mais, os próprios alunos ficam “preocupados” em como o professor Leonardo Balbi vai chamá-los.Diretora do colégio, Karla Machado explicou que, no início, sentia um pouco de receio de como as famílias iriam aceitar isso. Com o tempo, os pais foram entendendo a acabou se transformando numa peculiaridade do GEO Caju, principalmente no handebol.

— Quando o Leo começou essa história dos apelidos eu fiquei muito preocupada, pois não sabia como as famílias e os alunos iriam interpretar isso. Mas ainda bem que todos aceitaram e o Leo tem muito carinho com eles. Inclusive, hoje, as próprias famílias adotam os apelidos e até ex-alunos da escola a gente chama mais pelo apelido do que propriamente pelo nome — revela Karla.

Considerado uma das grandes revelações do GEO Félix nesta temporada, o goleiro Micael Alves fez grandes defesas ao longo da competição. O menino de 13 anos não conseguiu evitar a derrota por 33 a 11 na decisão com o GEO Samaranch, mas chamou atenção na semifinal contra o Odete São Paio, de São Gonçalo, na qual fechou o gol a garantiu a vaga na decisão. Seu apelido? “Baiano”.

Diante de muitas brincadeiras de todo o time no ginásio da Vila Olímpica Nilton Santos, na Ilha do Governador, onde foram disputadas as finais, o professor Leo deu a sua versão para o codinome do camisa 27 do GEO do Caju.

— Ele ganhou esse apelido porque dormia toda hora depois do almoço, como se fosse um baiano dormindo na rede. Mas, no jogo, coloca pimenta no acarajé — brinca o treinador.

Baiano, entretanto, tem a sua versão para a história...

— Como a gente estuda perto de comunidade, aconteceu um confronto, com tiroteio e tudo. Daí, ficamos na escola e dormi perto da minha mochila. Quando acordei, todos começaram a me chamar de “Baiano”. Quando vim para o handebol, o Leo perguntou com que apelido eu gostaria de ser chamado. Não deu outra — conta o jovem, que abraçou o apelido com gosto.

Balbi revelou que, mais do que uma brincadeira sadia em si, os apelidos o ajudam até mesmo na hora de chamar a atenção dos meninos, pois é muito comum ter vários com o mesmo nome e, até, sobrenome.

FOTO: Ari Gomes




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