Meninas e meninos da Escola Municipal Daniel Piza dividem salas de aula e lugares no pódio do basquete não federado sub-15
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A semana na Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza começou com gostinho de medalha e continua até hoje. O colégio da Pavuna levou dois times para as finais do basquete não federado sub-15 do Intercolegial 40 anos, que rolaram no último sábado (27), no ginásio do Camões-Pinochio, em Jacarepaguá.

O time feminino chegou com uma campanha impecável até a grande final, valendo a medalha de ouro da categoria, depois de grande vitória na semifinal contra o GEO Doutor Sócrates, de Guaratiba, por 17 a 11. O jogo decisivo diante da Camões-Pinochio não saiu como esperado e a Daniel Piza terminou o Inter com a medalha de prata.

Já o time os meninos da escola da rede pública da Pavuna chegaram às finais da modalidade disputando o bronze. Os meninos haviam sido derrotados na semifinal pelo Souza Motta, de Caxias, que iria sair dali para o ouro. O terceiro lugar foi disputado contra o GEO Félix Venerando, do Caju. Uma grande atuação da molecada da Daniel Piza valeu uma comemorada medalha de bronze.

Por serem da mesma categoria e da mesma escola, muitos atletas dos dois times dividem os mesmos corredores todos os dias. Marya Clara, pivô do time feminino, e Eduardinho, ala da equipe masculina, são um exemplo disso.

— No último torneio, as meninas foram bronze e eles ficaram com a prata. Eles zoaram a gente para caramba depois disso. Agora é a nossa vez de cobrar — brincou Marya Clara.

Eduardinho, autor de cinco pontos na decisão do bronze, lembrou de mais um aspecto que fez as decisões do basquete serem ainda mais especiais. Muitos desses garotos e garotas estão se despedindo de um convívio diário esse ano. Quem atravessa a linha para o ensino médio deixa a rede municipal de ensino, que oferece até o fim do ensino fundamental.

— A gente merecia essa vitória, porque toda semana, de segunda à sexta, a gente vem treinando todos os dias. Sem contar que esse é o nosso último ano na escola, então nós temos que nos destacar mais para termos um futuro brilhante lá na frente — destacou o camisa 9.

Inclusive, o número da camisa foi motivo de divergência entre os amigos — que prometeram que a relação não passa de uma amizade, apesar de todas as brincadeiras dos colegas. Marya Clara e Eduardinho dividem a camisa 9 de suas equipes e acusam um ao outro de ter escolhido o número como homenagem.

A verdade é que o que fica é a amizade entre os meninos e as meninas da Daniel Piza. Cada um que esteve dando todo o suor em quadra estava também presente na arquibancada do jogo dos amigos para apoiar até o final e dividirem juntos um momento inesquecível.

FOTO: Ari Gomes




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