Mesmo com dificuldades, Ferreira Viana consegue montar equipe feminina
Foi-se o tempo em que o mundo do futebol era completamente masculino. Hoje, vez em quando, canais de televisão transmitem campeonatos nacionais e mundiais femininos. A brasileira Martha, a norte-americana Hope Solo, a alemã Nadine Angerer são algumas jogadoras quebraram o tal tabu de que mulher não se da bem com a bola no pé. Porém, ainda podemos ver resquícios do preconceito nas esferas estudantis.
Professora da Escola Técnica Estadual Ferreira Viana, Claudia Bandeira explica que sofreu bastante para formar a equipe para disputar o Intercolegial. Não apenas pelo fato da escola, majoritariamente, ser composta por alunos, mas também pela desconfiança dos pais em verem as filhas em campo.
- Sabemos que o futebol feminino, como um todo, não tem muito incentivo e, infelizmente, há muito preconceito. Já perdi alunas no futebol porque os pais achavam que era um esporte muito masculino. E isso nos dias atuais – afirma Claudia.
Mesmo com todos esses empecilhos, o Ferreira Viana conseguiu avançar para às quartas de final na sub 18 não federada. Agora, enfrentará durante a semana outro problema com as meninas: conciliar as agendas delas com a dos treinos.
- Como, de vez em quando, enfrentamos uma dificuldade quanto às agendas das alunas, treinar com todas elas é muito complicado. Já marquei um treino para esta terça e outro para quinta para realizarmos um trabalho. Vou tentar conciliar para ver se todas conseguem ir e a gente possa realizar esse trabalho conjunto – finalizou a professora.
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