Na categoria jovem misto do basquete de rua, talvez mais do que em qualquer outro esporte, a mulher é quem tem o poder. Pelo menos foi o que pôde ser visto na primeira rodada da modalidade no Intercolegial 2013, realizada no estacionamento do restaurante McDonald’s, no Engenho de Dentro.
A estreia da modalidade definiu os semifinalistas da categoria jovem misto, na qual homens e mulheres jogam juntos. Nos trios, obrigatoriamente é preciso ter pelo menos uma menina em quadra o tempo todo e, além disso, os pontos delas valem mais. E quem soube se aproveitar disso, se deu bem.
Para os homens, cesta de dentro do garrafão vale um ponto e fora vale dois. Já no caso das mulheres, a cesta rende dois do garrafão e três fora dele. Foi assim, por exemplo, que o Colégio ADN Master, do Méier, venceu bem seu jogo diante do Eterj, de Santíssimo.
A partida terminou 7 a 5 para o ADN Master e nada menos do que seis pontos foram marcados pela atleta Mariana Marques.
– Como os meus pontos valem mais, o professor pede para que os meninos passem a bola para mim. É uma orientação. Pede para abrir e fechar perto da cesta. Deu certo – contra Mariana, que tem 14 anos e é aluna do 8º ano do ensino fundamental.
Para o técnico do ADN Master, Thiago Ramos, o fato de a categoria mista prever mais pontos para as cestas femininas precisa ser explorado sempre e não pode faltar na estratégia de suas equipes:
– Normalmente as meninas vêm para completar os times. Mas penso diferente e oriento minhas jogadoras para que fiquem sempre mais próximas à cesta, com mais chances de conquistar bom aproveitamento. Afinal, a cesta dentro do garrafão vale dois pontos para elas e apenas um para eles.
FOTO: ARI GOMES