Ponteiro e campeão do vôlei de paria pelo Elite, Lucas tem currículo invejável, com direito a título mundial

O troféu de campeão da categoria livre federada do vôlei de praia, foi para o Sistema Elite de Ensino, inscrito pela unidade da Tijuca, que derrotou o Pedro II, representado pelo mesmo bairro, por dois sets a zero (18/15 e 18/12). O levantador Gabriel Bieller, de apenas 15 anos, e o ponteiro Lucas Lima, de 17, se revezaram nas jogadas que levaram o time ao título.

As finais da modalidade foram disputadas durante a Grande Final do Intercolegial 2018, realizada no Centro Olímpico da Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, em Sulacap.

Lucas, no entanto, levou alguma vantagem sobre o companheiro na pontuação e acabou um apenas um milímetro à frente como destaque. O ponteiro, além de campeão do Intercolegial, é tricampeão brasileiro, tem no currículo o título de bicampeão sul-americano escolar (2014-2015) e ainda ostenta o mundial de vôlei de praia escolar infantojuvenil.

— A partida contra o Pedro II não foi fácil, foi complicada porque o nível do adversário é alto. Mas conseguimos manter a pegada do início da competição, sempre jogando com muita vontade e determinação. Isso nos levou ao título no Inter — garante Lucas.

O objetivo do atacante é chegar à Superliga, o olimpo do vôlei masculino brasileiro, onde estão os melhores jogadores do país, como Thiaguinho (Sesc RJ), William (Sesi-SP), Thales (Taubaté), Tiago Brendle (Campinas) e Murilo (Sesi-SP), Lucão (Taubaté) e outros. E que chegaram à seleção brasileira.

— Meu sonho é ser profissional e jogar na Superliga. Estou batalhando para chegar lá. Mas não é fácil, o caminho é cheio de obstáculos e isso requer dedicação quase integral — encerra ele.

Apesar de sonhar com a principal liga de vôlei do Brasil, o ídolo de Lucas não é brazuca. Trata-se de um ponteiro francês que atua no Zenit Kazan, da Rússia.

— Para mim, N’Gapeth é o melhor na posição. É o meu ídolo. E, possivelmente, o de vários outros jogadores — afirma Lucas.

Fotos: Ari Gomes