Professor de filosofia comanda time de futsal do Ciep Mário Tamborindeguy, de Irajá
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A figura do filósofo quase sempre tranqüilo, muitas vezes pintada pela sociedade, não se encaixa no técnico Gustavo Fernandes (à direita, na foto abaixo), 40 anos, do time de futsal do Ciep Mário Tamborindeguy. Pelo menos foi o que se viu na estreia da modalidade no Intercolegial, realizada no Centro Olímpico de Nova Iguaçu. Professor de filosofia da rapaziada que forma o time da escola de Irajá, ele não está à frente dos jogadores para filosofar.

Após a derrota por 4 a 1 para o Percepção, no clássico de Itajaí, ele falou sobre o seu trabalho com a garotada.

— Não uso a filosofia, futebol é esporte de tensão, é jogo para a gente vencer. Até poderia, mas não uso. Aqui a gente esquece um pouco a disciplina e pensa mais no esporte — ensina o professor.

A ligação de Gustavo com o esporte vem de muito tempo. E (pasmem!) o professor de filosofia, por incrível que pareça, é adepto de um futebol muito diferente do praticado em gramados brasileiros. Ele é egresso do futebol americano e, por 15 anos, defendeu a camisa da equipe dos Falcões.

— A gente jogava na praia, não na quadra como o futsal. Mas foi no futebol americano que aprendi muito e que aplicar no futsal os ensinamentos. É tudo muito diferente, mas a vontade de vencer, não — afirma o ex-center dos Falcões.

Na derrota para o Percepção, o Ciep Mário Tamborindeguy entrou em quadra desfalcado de Carlos Bernardo, um de seus principais jogadores. O avô do atacante morreu e ele não compareceu. O time jogou de luto.

— Na próxima edição estaremos de volta mais fortes e mais bem preparados — completou o professor Gustavo.





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