Professora de história assume time de basquete do Colégio Estadual João Alfredo e dá conta do recado
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Quem disse que uma professora de história não pode comandar um time de basquete? Etyelle Pinheiro de Araújo, sem qualquer experiência nas quadras, assumiu o papel de treinadora do Colégio Estadual João Alfredo após um imprevisto com a professora de educação física. O resultado? Vitória por 36 a 6 sobre o Ciep Astrogildo Pereira, de Saquarema, no ginásio do Sesc Ramos.

O resultado garantiu vaga nas semifinais do basquete sub-18 não federado masculino do 42º Intercolegial Sesc/O Globo. Para Etyelle, o chamado para assumir o time de basquete foi algo totalmente inesperado. Mesmo sem ser da área esportiva, ela abraçou a responsabilidade de dar suporte aos alunos, garantindo que eles estivessem preparados emocionalmente para o jogo decisivo.

— Eu vim apoiar os alunos, na verdade. Sou professora de história deles, e como a professora de educação física não pôde vir, eles pediram o meu apoio. Vim para acalmar os alunos e fazer com que eles se sentissem felizes e animados para o jogo — contou Etyelle.

Apesar da falta de experiência no basquete, Etyelle logo percebeu que a verdadeira força vinha dos próprios alunos. Com entrosamento natural, eles já tinham o controle da dinâmica em quadra, permitindo que a professora atuasse de forma mais tranquila no comando.

— A experiência foi meio louca, porque eu não entendo muito de basquete. Eu gosto, mas não entendo muito. Os alunos são bem competentes, jogam direitinho, e se orientaram sobre o que fazer — destacou.

A adaptação ao novo papel também trouxe momentos curiosos. Acostumada ao ambiente da sala de aula, Etyelle contou com bom humor que sua atuação no banco de reservas foi mais "administrativa" do que técnica, revelando uma nova perspectiva sobre a experiência.

— Foi uma experiência bacana. No fim das contas, meu trabalho ficou mais no lado burocrático mesmo — brincou.

Já para Victor Gabriel Dias Duarte, um dos destaques em quadra, a força do time do João Alfredo vai além das táticas de jogo. O atleta de 18 anos destacou que a verdadeira união do colégio estadual que fica em Vila Isabel vem da longa amizade e do amor pelo basquete entre os integrantes, algo que construiu uma base sólida para os resultados da equipe, que ano passado ficou na quarta colocação.

— A gente se conhece há muito tempo. O time da escola já existia antes mesmo de formarmos a equipe oficial. Já jogávamos juntos fora da escola. Acho que esse foi o maior motivo para nosso entrosamento — revela.

— A expectativa para a semifinal é ganhar de novo. Estamos muito empenhados para seguir firmes em busca da decisão e do título, que é nosso objetivo — completa.

FOTOS: Ari Gomes




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