Professores do Luz do Saber e do Colégio Estadual São Cristóvão não medem esforços para participar do xadrez
Não basta ensinar xadrez e comanadar as equipes das escolas no Intercolegial Sesc/O Globo. Tem de participar e botar a mão na massa! Os professores Anderson Athaíde, do Jardim Escola Luz do Saber, de Caxias, e Edgar José, do Colégio Estadual São Cristóvão, de Queimados, são provas vivas da dedicação para viabilizar a união entre esporte e educação.
As duas instituições deram aula de engajamento na disputa do xadrez na 42ª edição dos Jogos, realizada no salão nobre do Sesc Nova Iguaçu. Caso do Luz do Saber, no qual o professor Anderson planejou o design da camisa usada no Intercolegial e ainda contou com a participação dos pais para finalizar o projeto.
— Resolvemos a parte financeira da camisa pedindo ajuda aos responsáveis. A parte do desenho, do design foi ideia minha. Levei para os alunos, todos eles gostaram e adquiriram — contou Anderson.
Os percalços enfrentados por escolas da rede pública são mais do que conhecidos, mas para o professor Edgar e, justiça seja feita, para muitos outros espalhados pelo Brasil não tem essa. Diante da cobrança dos alunos do Colégio Estadual São Cristóvão por um uniforme, ele abraçou a missão e custeou a maioria da vestimenta usada pelos alunos na competição.
— A garotada chegou e disse: “Pô, professor, não vamos fazer camisa?” Os alunos me pressionaram e eu resolvi bancar uma camisa e aproveitei para fazer algo que também ficasse de lembrança pra eles. Paguei a maior parte e no final, a diretora do colégio viu meu esforço e conseguiu me compensar com uma parte — disse, acrescentando que as exigências não pararam por aí.
— Agora eles me pedem: "Cadê a bandeira professor" — finalizou aos risos.
FOTOS: Ari GomesVoltar