Sotaque boliviano no ADN Master, campeão da categoria sub-18 federada feminina
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Pela voz de Benito de Paula, o trecho “Mulher brasileira em primeiro lugar” ficou famoso. Na final sub-18 federada feminina do Intercolegial Olímpico, no entanto, um time formado por jovens brasileiras teve um toque sul-americano. Com cestas decisivas, Maria Barja Gutierrez foi uma das principais jogadoras da campanha vitoriosa do ADN Master, do Méier, que chegou ao título da categoria ao vencer por 50 a 42 o Colégio Militar, da Tijuca.

Maria é boliviana e está no Brasil desde os oito anos. E a vinda para o país influenciou também na paixão pelo basquete, uma vez que o padrasto (Marcos Andrade, ex-jogador com passagem pelo Vasco) incentivou e ensinou boa parte do que a jovem sabe hoje sobre o esporte. E as lições parecem ter sido absorvidas, pois ela teve grande atuação e marcou 11 pontos na decisão.

– Minha mãe é dentista e veio para fazer uma especialização. No começo, foi meio complicado. Tinha oito anos, não falava português, então, tive de aprender muita coisa. Era tudo novo para mim – lembra a menina.

Sempre que está de férias, Maria vai à Bolívia visitar os familiares, mas, durante os Jogos Olímpicos fará o papel de anfitriã:

– Minha família vai vir ao Rio para fazer turismo e eles também querem assistir alguns jogos.

Assim, se tem uma coisa que o título do ADN Master mostrou, foi que a língua do esporte é universal e sem barreiras. A medalha de ouro ostentada no peito por Maria foi uma prova disso.




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