Treinador do Apollo 12 revive a prancheta de Joel Santana
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Joel Santana tornou a prancheta famosa no universo do futebol. Na 33ª edição do Intercolegial, ela teve destaque na primeira rodada do vôlei, que teve jogos somente pela categoria sub-18 não federado masculino, no ginásio do Apollo 12, em Santa Cruz. O apetrecho ganhou fama pelas mãos de Leonardo Paiva, técnico do time da casa.

Com "papai" Joel, a prancheta era usada para fazer anotações ao longo do primeiro tempo e, no intervalo, ajudá-lo a passar orientações aos jogadores. O professor Léo usa de modo um pouco diferente, pois o artefato entra em cena no decorrer da partida, a cada saque da equipe dele. Ele espalha os números pela prancheta e indica em qual posição da quadra o atleta do Apollo 12 deve sacar, de acordo com a numeração dos adversários.

O treinador diz que a intenção da prancheta é lembrar aos atletas o que foi combinado ao longo dos dias antecedentes ao jogo e destaca que é bom passar um olhar de quem está no lado de fora da quadra.

– A intenção da prancheta é lembrar os treinamentos, pois o que fazemos no jogo é praticado durante a semana. Estou de fora, vejo com um olhar que eles talvez não consigam ver, e informo a eles, sempre dando duas opções do que for melhor tecnicamente. Isso mexe com o nosso posicionamento e com o do adversário – informou Leonardo Paiva, que chegou ao Apollo em 1997, foi atleta, estagiário e treina o time de vôlei há nove anos.

O jovem Mattheus Geovani, um dos melhores sacadores da equipe, diz que a tática auxilia bastante, e acrescenta que a responsabilidade também aumenta.

– A gente treina bastante para fazer um bom jogo e o professor mostra na prancheta onde temos de sacar. A pressão fica maior, pois você podia estar pensando em sacar num lugar e chega na hora tem que sacar em outro. A responsabilidade fica toda em cima de você, mas ajuda – destacou.

A tática deu bastante certo na rodada de estreia, pois o Apollo 12 derrotou o Colégio Estadual Califórnia, de Nova Iguaçu, por dois sets a zero, com parciais de 25 a 9 e 25 a 22. A estratégia no saque foi fundamental, pois em muitas vezes, a bola sequer voltou para o lado do Apollo após passar da rede.





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