A disseminação do xadrez nas escolas aumenta bastante ano após ano. Devido a seu potencial pedagógico, especialmente no ensino fundamental, a modalidade vem sendo inserida na grade curricular dos colégios, como atividade de educação física ou extraclasse. O Intercolegial é um importante vetor para incentivo da prática da modalidade entre as crianças e adolescentes.
Quem agradece são os pais. Selma Nunes Ferreira, mãe de Vínicius Nunes, de 9 anos, revelou que o xadrez foi sugerido pela médica do filho, diagnosticado com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
– O xadrez não é um jogo para nerds, como as pessoas falam. Isso é um mito. A médica receitou a prática e tem sido um exercício espetacular, maravilhoso. Ele está superando muito bem – disse Selma.
Se o incentivo maior veio da médica e na escola, o menino esperto também deu os créditos ao falecido pai, com quem aprendeu a jogar.
– Aprendi a jogar com meu pai. Meu avô ensinou para ele que, depois, me ensinou também. Ainda lembro muito bem. As primeiras peças eram de borracha – disse o aluno do Colégio Santa Mônica, concordando com a mãe sobre ser mesmo um garoto bem agitado.
– Também pratico futsal e quero aprender a jogar basquete. Teve uma vez, na minha avó, que eu estava colocando leite no copo e me distraí vendo um programa que gosto na televisão e acabei entornando tudo na minha roupa – relatou, seriamente, Vinícius.
Foto: Ari Gomes